segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Estava faltando o último post.

Tá, fiquei em Brasiléia 3 dias, atravessando a fronteira todos os dias umas 3 vezes pra ir na internet e ver bugigangas por lá.
Chegou o dia de pegar o avião, acordei bem cedo pra não chegar em cima da hora. Mas... Cheguei em cima da hora.
Pois precisava esperar o taxi lotar, para eu pagar apenas 80 reais para ir ao aeroporto. Mas na hora, o motorista resolveu cobrar 100 reais, tentei conversar mas não tinha conversa. 100 reais.
Pois a bicicleta obrigava o carro a andar com o porta malas aberto.
Umas 11h da manhã o carro lotou, fomos lá.
No caminho descobri que tinha um outro taxista que estava viajando "junto" do nosso carro. E ele estava levando um carro cheio de contrabandos da Bolívia.
Então o motorista do carro de contrabandos ficou atrás de nós. Caso a polícia parasse, nos parava.
Mas do nada, o cara nos ultrapassou.
Tiro e queda.
Foi parado pela polícia.

Só deu pra ver o policial abrindo a porta de trás do carro e já apareceu uma caixa com uma sanfona... Altos eletrônicos.

Seguimos caminho.

Cheguei no aeroporto 40 minutos antes do Vôo.
Uma fila gigaaante se formava. Eu fui na fila errada, de quem já tinha feito o chek in na internet.
Mas beleza, fui atendido.

Daí, me veio o gerente dizendo que ia cobrar pelo volume da bicicleta, e não pelo peso. Que dava um excesso de 23kg.
E ele me chega com um papelzinho escrito: 89 quilos.
Pra eu ir calcular no guichê quanto era.
Apenas 700 reais.

Fiquei looouco! Fui atrás do gerente de novo e ele disse que não podia dar desconto.
Disse que já havia viajado com a bicicleta pela TAM, tão grande como esta e nunca me cobraram nada.
Ele disse:
-Falharam. O preço é este.

Já tava pensando em partir pro tapa.
Mas respirei fundo, e mostrei o cartãozinho da viagem, expliquei que não tinha esta grana e que não dava pra deixar a bike.

Ele cedeu, abaixou 10kg do total.
O que daria 79 quilos.
Impossível também
Insisti.
Ele abaixou mais um tanto que não me lembro agora.
Insisti mais!
Ele abaixou pela metade.
48kg.

Fui ver quanto dava.
380 reais.
Não tinha esta grana também.
Saquei 300 reais do limite da conta pra pagar esta bike, disse à moça.
Aí, ela fez a "caridade" e aceitou os 300 reais.

Me senti mal por perder toda esta grana pra levar a bike junto comigo.
@#$%%@@##@!

Também foi um sufoco pra fazer a bagagem de mão pesar apenas 5kg.
Tive que remanejar várias vezes as bagagens pra levar os 5kg de bagagem de mão.

Entrei no avião, logo começou o serviço de bordo e eu pedi uma cerveja.
Fui conversando com o cara do lado, ótima pessoa. Com o tempo fui tomando mais cerveja e ficando mais comunicativo.

E pronto.

Cheguei em Brasília às 6h da tarde do dia 13 de agosto.
E estavam lá no aeroporto pra me pegar o Milton Monstro, Zé com a Céia (meus pais), a Paloma e meu amigo Rafale Oops.

Valeu galera!
Queria agradecer TODOS que me apoiaram nesta viagem. Não vai dar pra citar um por um pois tenho certeza que vou esquecer alguém. Mas são todos que estão aí no blog e mais um tanto que não quiseram aparecer.
Muito obrigado pessoal!
Agradecer a todos os que acompanharam a viagem pelo blog, pelas fotos no orkut e mandaram uma vibe positiva para que tudo isso acontecesse.
E queria agradecer também a quem duvidou que chegaríamos lá. Nos disseram que não chegaríamos nem em Pirenópoilis. Rs!
Mas ó, vocês também ajudaram duvidando de nós. Isso da mais força, sabe...
Então isso aí, 3840km pedalados.


Logo logo mais notícias...


MAPA da viagem:
Em azul: trecho percorrido pedalando, em vermelho: ônibus ou carona.


Tabela de todos os dias.




1 21-mar Cocalzinho-GO 118km
2 22-mar Pirenopolis-GO 27km
3 23-mar .
4 24-mar Jaragua-GO 78km
5 25-mar Itaguaru-GO 37km
6 26-mar Goias Velho-GO 93km
7 27-mar .
8 28-mar .
9 29-mar Jussara-GO 90km
10 30-mar Ap. Do Rio Claro-GO 56km
11 31-mar Ponte Alta-GO 52km
12 01-abr Barra do Garcas-MT 62km
13 02-abr .
14 03-abr Rest. Galinha Preta-MT 33km
15 04-abr Rest. Xerim-MT 55km
16 05-abr Vila Paredao-MT 72km
17 06-abr Primavera do Leste-MT Caminhão(124km)
18 07-abr .
19 08-abr Tio Maninho 70km
20 09-abr Campo Verde-MT 40km
21 10-abr Chap. Dos Guimaraes-MT 73km
22 11-abr .
23 12-abr .
24 13-abr .
25 14-abr .
26 15-abr Cuiaba-MT 67km
27 16-abr .
28 17-abr Posto Pantanal-MT 40km
29 18-abr Posto 120-MT 80km
30 19-abr Posto do Fabio-MT 55km
31 20-abr Rio Jauru-MT 87km
32 21-abr San Matias-SC-BOL 50km
33 22-abr Santa Cruz-SC Onibus (700km)
34 23-abr ,
35 24-abr ,
36 25-abr ,
37 26-abr ,
38 27-abr ,
39 28-abr ,
40 29-abr El Torno-SC 40km
41 30-abr Bermejo-SC 50km
42 01-may Samaipata-SC 50km
43 02-may .
44 03-may .
45 04-may .
46 05-may .
47 06-may Mayrana-SC 25km
48 07-may Quime-SC 50km
49 08-may Aiquile-CB 70km
50 09-may Pueblo X-CQ 40km
51 10-may Sucre-CQ 30km
52 11-may .
53 12-may .
54 13-may .
55 14-may .
56 15-may Yotala-CQ 15km
57 16-may Milhares-PT 40km
58 17-may Pueblo X-PT 20km
59 18-may Betanzos-PT 30km
60 19-may Beira da estrada-PT 34km
61 20-may Potosi-PT 16km
62 21-may .
63 22-may .
64 23-may .
65 24-may Puebo Tica Tica-PT(solo) 98km
66 25-may Uyuni-PT(solo) 103km
67 26-may .
68 27-may Colchani-PT 20km
69 28-may Salar-PT 40km
70 29-may Isla Inkawasi, Salar-PT 34km
71 30-may Isla Pescado, Inkawasi 50km
72 31-may Tahua-PT 42km
73 01-jun Salinas Graci-PT 36km
74 02-jun .
75 03-jun .
76 04-jun Oruro-OR (Onibus) 220km
77 05-jun .
78 06-jun .
79 07-jun Caracollo-OR 37km
80 08-jun Konani-LP 40km
81 09-jun Tolar-LP 78km
82 10-jun La Paz-LP 65km
83 11-jun .
84 12-jun .
85 13-jun .
86 14-jun .
87 15-jun .
88 16-jun .
89 17-jun Copacabana (Onibus) 200km
90 18-jun .
91 19-jun .
92 20-jun .
93 21-jun .
94 22-jun Ilave-PERU 72km
95 23-jun Puno 65km
96 24-jun .
97 25-jun .
98 26-jun Juliaca 45km
99 27-jun Pucara 63km
100 28-jun Ayaviri 31km
101 29-jun .
102 30-jun (Onibus Cusco, 140km)
103 01-jul .
104 02-jul .
105 03-jul .
106 04-jul Machu Picchu Pueblo (10km a pé)
107 05-jul Macchu Picchu volta (8km a pé)
108 06-jul Cuzco (10km a pé)
109 07-jul .
110 08-jul.
111 09-jul Chinchero 32km
112 10-jul Ollantaytambo 50km
113 11-jul .
114 12-jul Km 98 (16km a pé)
115 13-jul Beira do trem (14km a pé)
116 14-jul Machu Picchu II Ida e Volta (16km a pé)
117 15-jul Santa Tereza (16km a pé)
118 15-jul Ollantaytambo (5km a pé)
119 17-jul .
120 18-jul Anta 56km
121 19-jul Limatambo 37km
122 20-jul Abancay 70km +(carona 50km subida)
123 21-jul .
124 22-jul Puquio 40km +(carona 200km deserto)
125 23-jul Vado 40km
126 24-jul Nazca 120km
127 25-jul .
128 26-jul Busca pela Necrópolis Chauchilla 50km
129 27-jul Necrópolis Chauchilla 56km
130 28-jul .
131 29-jul Palpa 50km
132 30-jul Ica 100km
133 31-jul Paracas 68km
134 01-ago .
135 02-ago .
136 03-ago Chincha Alta 57km
137 04-ago Cañete 52km
138 05-ago Asia 52km
139 06-ago Lima 100km


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Volvendo a Bolivia.

Gostei de ficar em Cusco.
Estava com saudades do frio e do clima de altitude.
Muitos no ônibus, sentiram se mal por causa da altitude, eu nao... Me senti mal com o zigue zague. ehhe.
Daí, às 3:30 peguei o ônibus pra Puerto Maldonado. Paguei o preço mais alto da minha vida por levar uma bicicleta no ônibus, 60 soles. E a passagem custava 70 soles. Mas a mulher da empresa tinha dormido de calça jeans, e tava lá dando facada em todo mundo. Todos estavam indignados com o preço que ela estava cobrando pelas bagagens.
Mas paguei e fomos pra Puerto maldonado.
Ô viagenzinha difìcil, às 7h da noite o pneu do onibus furou, e ficamos um tempao pra trocar. A toda hora o ônibus parava pra pegar passageiros, ou sei lá oque. Sei que ele parava toda hora. E a viagem que era pra ser em 16 horas, durou bem umas 20.
Mas o pior foi a derrapada que o ônibus deu, no meio da madrugada, e saiu da pista e tudo.
Sorte que nao caimos num barranco.
E eu estava lá com a minha maré de azar que navego neste final da viagem... hehe.
Acontece que na madrugada, o meu MP3 novinho da Philips deve ter caido do meu bolso, e logo pela manha eu senti falta dele e busquei por todo o ônibus, perguntei aos passageiros. Mas ele desapareceu misteriosamente.
Menos um.

Lá pelas 9 horas da manha, chegamos em Puerto. Eu ja fui direto procurar o ônibus pra Rio Branco no Acre. Achei a agencia, mas era segunda feira, e é justamente o dia de folga dos ônibus.
Entao, podia ficar em Puerto até terça pra esperar sair o ônibus, já que minha passagem foi adiada pro dia 13 de agosto.
Mas o problema era que nao podia sacar dinheiro nos bancos de lá, nao sei porque.
Entao, tomei um taxi pra fronteira do Brasil.
40 Soles e umas 4h de viagem.
Chegamos na fronteira, fui fazer os procedimentos legais de saída de um país, e arranjei outro taxi pra Brasiléia. Daí, tiramos a bicicleta de cima da van que estava e outro pacote. Fomos arrumas as coisas no outro carro, e a van foi se embora.
Depois de um tempinho senti falta da mochila, onde estavam os itens essenciais pra viajar.
Na hora falei pro cara para irmos atras da van, ai fui fechar o porta malas do carro. Mas nao havia notado que o porta malas era segurado por uma chave de roda, que ficava presa na porta. Foi aí que eu entortei a porta do cara.
Mas beleza, deixamos as coisas ali no chao mesmo, na frente da policia e fomos atras da van.
Nao demorou muito a alcancamos na estrada.
Demos sinal, o cara encostou e a minha mochila estava no banco da frente, do lado do motorista.
E eu a tinha esquecido no banco de tras.
Chamei o cara de desonesto, que ele teria que ter devolvido a mochila, e voltamos pra pegar o resto das coisas.

Mais umas 3h de viagem, chegamos em Brasiléia. Arranjei uma pousada baratinha, 10 reais. E fui jantar!
Ah, a janta. Era uma janta, nao uma cena.
Um comercial com bife acebolado, arroz branco, feijao da melhor, farofa e vinagrete.
Que saudades da comida brasileira.
Escutar todos nas ruas falando português.
Um café do bom....

Acordei hoje e fui dar uma volta na cidade. E descobri que Brasiléia faz fronteira com a Bolivia!
Com a cidade de Cobija, e aqui estou.
Vim dar um passeio na Bolivia.
Mas aqui é tudo caro.
Fui ver os preços dos MP3:
Philips 2GB.
No mercado livre custa 120 reais.
Eu comprei no Peru por 80 reais.
Aqui custa apenas 260 reais.

Isso aí, dia 13 tô de volta.
Tchau.

sábado, 8 de agosto de 2009

No hay fotos.

Consegui sair cedo da cidade Asia.
E o banho de mar ficou pra estrada, tava muito frio mesmo.
Segui pedalando, seria um dia largo. 90km ate Lima.
A grande e temida, Lima. 9 milhoes de habitantes, quase la com Sao Paulo.
Mas vamo la.
Parei pra almocar umas 2 vezes, como de costume.
Efoi chegando a cidade.
Aquelas cidades que voce chega, mas ainda nao chegou.
Pedala horas, mas ainda nao chegou.

Ai, para pra conversar comigo um pessoal que faz a seguranca da estrada.
2 caras muito gente fina, que tiramos varias fotos.
E como nao bastasse, eles foram me escoltando pela estrada -que ja estava muito movimentada- por uns bons 40 minutos.
Fazendo videos e tudo mais.
Inclusive, ficaram de me mandar. E eu vou precisar mesmo.

Por eso, amigos de la seguridad de la carretera en Lima, me envien las fotos y videos que ustedes quitaron, que yo necessito.

fabio106sul@gmail.com

Cheguei em Lima anoitecendo.
No final das contas, pedalei 100km este dia.
e pelo que ja contei aqui, deu um total de 3.840km pedalados.

Mas ai, fui pra um hostal perto da Praca de Armas, 22 soles.
So passar uma noite, e sair de onibus no dia seguinte pra Puerto Maldonado.
Uns 2.000km distante de Lima.

Mas acontece que nao achei este onibus direto, entao decidi ir a Cusco e de Cusco ir para Puerto Maldonado.
Comprei a passagem e descobri que eram cerca de 24h de viagem. Isso me desanimou bastante.
E de Cusco pegar outras 16h de viagem de onibus pra Puerto Maldonado e de Puerto, pegar outro bus de muitas horas pra Rio Branco, no Acre.
E do Acre, voar para Brasilia.
Ufa!
É essa a maratona de voltar pra casa.

Mas seria muito mais tranquila se nao tivesse ocorrido o que occorreu em Lima.
Antes de sair pra pegar o onibus, fui na internet.
Fiquei cerca de 1h e voltei.
No que voltei minhas nao estavam como eu as deixei e a camera fotorgafica nao tava la.
Ponto.
Na hora deu um brancao, fiquei louco.
E ja tinha me assegurado que a janela nao tinha trinco.
Mas nem sei se entraram pela janela, pois nao tinha trinco mas era um precipicio.
Uma placa dizia as regras, e dentre elas dizia: Nao nos responsabilizamos por objetos de valor que nao sejam deixados na recepcao.

Dai, nao tinha muito o que fazer né...
Eu já prevendo algum evento como este, sempre deixo uns cartoes do blog dentro da camera.
Isso quer dizer que há uma probabilidade de quem está com a minha camera entrara aqui.
Entao vou fazer um apelo em Espanhol:
Quién esta con mi camera, si estuviera leyendo eso, puede devolverme sólo el chip con las fotos por correo? Por favor.
Entre en contacto
fabio106sul@gmail.com

tá feito o apelo.


A camera era importante sim, mas era uma coisa quantitativa.
O mais foda é perder as fotos e videos desde que saimos de Cusco pedalando. Nao há plata que pague.

Abstrai... Abstrai...


Mas ai que ja estava na hora de ir pegar o onibus pra Cusco, e era meio longe e tinha que ir de taxi.
Fui embora, mas fui embora triste.





Entao a viagem de oninus de Lima para Cusco durou 22 horas.
É legal passar na estrada que você já passou, eu sabia quase tudo. Onde era cada subida, onde eu tinha dormido, onde parei pra descansar.
Mas aí que assim que cheguei, eu ia pegar um onibus direto para Puerto Maldonado. que seriam mais 16 horas de viagem. Mas nao sei se por sorte ou azar nao tinha mais onibus. Pois enfrentar 38horas seguidas em um onibus nao dá, mata um.
Aí tive que ficar esta noite em Cusco, e só amanha às 4h da tarde vou à Puerto Maldonado.
Vou ter que adiar a passagem de aviao, nao vai dar pra chegar dia 10 a tempo de pegar o aviao.
Tomara que de pra atrasar a passagem, amanha cedo resolvo isso.


Haja estômago.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Baixe a musica de hoje:Violins - Feliz demais (Bside).mp3
Ou escute:
Sai de Nazca sem conhecer as linhas. Mas ia conhecelas de um mirador que tem ha 25km depois de Nazca em direcao a Lima. Pensava que era maior, os dois desenhos que da para ver do mirador nao sao tao grandes assim. Vi a mao e a aranha la do mirador. Como sempre, chamei muita atencao dos gringos por la. Mas linhas conhecidas, segui estrada. Como sempre saio meio tarde, nao da para andar muitos quilometros. Entao fiz apenas 50km para a cidade de Palpa. Nao sei porque, mas os alojamientos tao subindo de preco, e em cidades que nao sao tao turísticas assim, mas fazer o que. Paguei 20 soles por um quarto sem nada, em Palpa.


Logo a frente, se ve o mirador. De onde se ve as linhas de Nazca.




Desenho que representa a mao.


Vista da minha bicicleta do mirador.



Sai de Palpa tarde, pra variar. E sabia que tinha uma subida logo na saida.
Mas antes de deixar os limites da cidade, eu vi varias placas com indicacao de ruinas e tudo mais... E resolvi ir em uma delas.
Era o relogio de sol da civilizacao Palpa.
Apenas 2km de terra pra fora da estrada.
Fui la, peguei 5 soles pra guia que me explicou que a civilizacao Pala era mais antiga que os Nazcas. Datava de 400 a.C. e esse relogio era desta data, por ai.
Ele marcava, alem das horas, o cambio das estacoes do ano.
Demais! Ha 2.409 anos atras este desenho estava ai, e hoje ainda esta.



Mas ta, eram meio dia, maizomenos e eu ainda nao tinha saido de Palpa.
Os 10km de subida que tirei de letra. Depois da subida, era um deserto sem nada, ate Ica. Sai com a intencao de dormir na barraca no meio da estrada, mas como depois da subida o pedal rendeu bastante, resolvi esticar ate Ica.
Cheguei em Ica eram umas 8h da noite. E logo vi o resultado do terremoto de mais de 8 graus que teve aqui fazem 2 anos. Dia 15 de agosto completam 2 anos, e ainda tem muita destruicao por aqui. Li que 80 por cento da cidade veio ao chao.
Triste nao...


Em Ica me perdi pra voltar pro hotel, a noite. Mas depois de muito perambular pela rua, achei.
Estava bem cansado e pensei em descansar um dia em Ica. Mas queria chegar logo no litoral e depois de uma noite bem dormida sai no outro dia em direcao a Pisco.

Peguei informacoes no caminho e descobri que Pisco era muito perigoso, pois tem um porto bastante movimentado e ainda tava bem destruida por causa do terremoto. Que o melhor paradeiro seria Paracas, uns 30km ao sul de Ica.

Fui pra Paracas, foram 68km de pedal. E finalmente vi o Oceano Pacifico.


A cidade era muito turistica, ou seja... Tudo caro.
Mas depois de muito perguntar, consegui um hostal por 10 soles. Mas tinha que dividir o quarto com Deus e o Mundo.
Bao, tambem.

No hostal, conheci um chileno muito gente fina. O Adolfo. No dia em que cheguei, ele me convidou pra uma cerveja. Eu disse, beleza... So uma mesmo.

Acabamos tomando 4 cervejas e depois uma garrafa de pisco, com uns peruanos la. Que me deixou muito bebado.

No dia seguinte, cheio da ressaca, fiz um passeio para as islas Ballestas, um super desconto pro Brasileiro aqui...
Logo na saida, vimos mais um desenho das civilizacoes antiga, na areia.

O candelabro, com data de 200 a.C.
Como um desenho de areia fica ai por tanto tempo?
Tem uma especie de concreto por baixo da areia.



Na isla, muita vida. Pinguins, leoes marinhos e milhares de passaros.
Realmente, tem que ter muito peixe pra alimentar esse tanto de ave.
Olha que olhar triste.

E o balanco do barco tava quase me fazendo vomitar, nem era enjoo do balance do barco. Era ressaca mesmo.
Mas deu tudo certo, voltamos pra terra firme e eu fui comer e dormir.


A cidade era muito hermosa, acabei ficando la por 3 dias. Fazendo nada... So descansando.

De Paracas para Chinca, 57km.
Agora ja tem muito movimento de caminhoes na estrada Pan Americana. Mas tambem tem acostamento. Cheguei em Chincha ao cair da noite. Peguei um alojamiento com TV a cabo. Dai, fiquei vendo Discovery Channel ate altas horas, e acordei cedo no outro dia. Mas beleza, arrumei as coisas e estrada.



Terreno plano mais uma vez, e com 52km pedalados, cheguei em Cañete.
Quarto simples desta vez. Sem tele, sem banho. Quase que nao tinha cama... hehe.
Mais uma noite bem dormida, por sono acumulado.






Hoje, pedalei de Cañete ate Asia. Acreditem, a cidade que estou chama se Asia.
Na beira do ocenao, onde nao me banhei ate hoje. Pois em Paracas, a agua era muito suja. Hoje eu ate sai pra entrar na agua, as ondas aqui sao gigantes! Mas fazem uns 2 dias que o sol nao da as caras e tava muito frio. Hoje tomei ate um chuvisco nas costas.

Mas amanha, antes de sair pro pedal, eu dou um mergulho neste pacifico.
Acho que chego em Lima amanha mesmo, 90km distantes daqui.






Ja estou com a passagem comprada, dia 10 de agosto. De Rio Branco no Acre pra Brasilia.
Mas o problema eh que estou em Lima, e nao tenho a grana do Onibus.
De Lima, terei que ir a Cusco, e depois a Puerto Maldonado, e depois a Rio Branco no Acre. Isso deve levar uns 2 a 3 dias dentro de um Onibus.

To pensando em fazer pedalando depois de Puerto Maldonado. Assim economizo com o onibus mais caro, que eh em reais.

Pois eh, infelizmente, ta chegando ao fim.





Vida de ciclista nas carreteiras, nao eh facil.
Mais um Km 106, este tem um telefone e o oceano pacifico a esquerda.








Tchau!

sexta-feira, 24 de julho de 2009



Ouvir:
Mas a Maria Rita fica soh gritando no fundo.
A letra mesmo eh do GOG.


Sai da cidade com o nome de Anta , logo na saida, encontrei uma equipe de ciclismo. Trocamos uma ideia, e iamos pro mesmo lado. Em direçao a Abancay.
Dai, era terreno plano, e eu fiz uma forcinha para acompanhalos por algum tempinho.
Uns 7km, e fiquei para tras…
Fiquei mesmo, cansei que so e nao podia mais pedar como antes. Mas logo chegaria uma descida.
Demorou mas chegou.
Desci uns 40km ate chegar na cidade de Limatambo.
La, arranjei uma hospedagem mais barata, e fui na Internet.
Me disseram que havia mais uma descida depois da cidade e depois uma subida de 50km.
Me deu a maior preguiça desta subida.
Entao, no dia seguinte pedalei ape o pe da subida e peguei uma carona em um caminhao.
O primeiro que eu acenei, parou e ja foi abrindo a carroceria.
Eu fui na parte de tras mesmo, adimirando o visual.
Foi um alivio fazer aquela subida num caminhao.
Dai, o caminhao chegou no topo e começou a descer.
Tranquilo…
Parou num restaurante!
Adivinhou!
Mas ai ja estava perto de Abancay, e eu ja desci com a bicicleta.
Almoçamos, ele pagou.
Conversamos e eu desci para Abancay pedalando.



Logo quando cheguei na cidade, fui para plaza de armas tirar umas fotos, e fiz amizade com as crianças que trabalhavam la.
Eram uns eram engraixates e outros faziam ligaçoes de celular.
Muito curiosos com tudo, sempre.
Do brinco, da bicicleta, do Brasil.

E fui atrás de hotel, ia descansar uns 2 dias na cidade.
Consegui um descontao com o Hotel do Nicolas.



valeu mesmo!





Fiquei 2 dias la, descansando.
Conheci uns punks brasileiros muito dos chatos.
E dormi bastante, vi muito discovery channel e pronto.
Estrada denovo.

Estava saindo da cidade, e quase atropelei uma mae de maos dadas com o filho, de uns 9 anos.
Mas ela entro na rua com tudo, sem olhar pro lado.
Dei o maior grito, e o alforge chegou a bater no menino, mas de leve.
Ela pediu desculpas e reconheceu que estava destraida.

Na saida de Abancay, ja sabia que ia encontrar descida. Mas so nos primeiros quilometros, que logo começava a subida e la em cima. Depois da subida começava o deserto.
Deserto este que se extente ate o litoral. Estava a uns 400km do litoral.
Nao quis encarar o deserto, haviam poucos povoados ate Puquio, que era a cidadezinha maior por ali… E ficava a 200km de Abancay.





Mas fiz a descida de Abancay, e na estrada descolei uma carona. Passam varios caminhoes vazios indo para Lima buscar mercadoria. E O primeiro que eu acenei, parou tambem.
Conversamos, disse que queria chegar em Puquio. Mas esse me cobrou uma graninha…
Beleza, topei. 20 soles, 200km. Ta valendo.

Fui na carroceria tambem, e essa ia ser bem demoradinha. Mas logo ele parou e fomos conversando e escutando musica.

Almoçamos, e ele nao deixou eu pagar. Escutamos lambada, e musicas tradicionais. E a noite caiu. Mas ja estavamos chegando em Puquio.

Mas acontece, que estava tendo O PARO. Que eh aquela paralizaçao das estradas, que a populaçao faz para cobrar melhorias e tudo mais.

O Paro ali eh mais serio. Para tudo mesmo, ate a cidade.
E o motorista teve que parar na fila de caminhoes, e eu desci do caminhao.
Ele me disse que de bicicleta era tranquilo de passar.

Descemos a bicicleta e la fui eu, em direçao do paro.





Cheguei la, muitas pedras, muita gente gritando. Com lanternas nas maos.
Ai, ja vou falar com os primeiros que estavam ali, e eles me disseram para passar.
E eu passei, fui desviando das pedras. Iluminando o caminho com uma lanterna de cabeça.

E a galera começou a gritar: Gringo! Gringo!

E eu passando, quando fui perceber o pneu dianteiro murcho.
Mas dava para continuar descendo, e fui descendo…
Quando no meio das pessoas gritando gringo, voa uma pedra.
Pega no alforge, mas logo voam outras.
E uma pego nas minhas costas!

Mas segui, ate sair do meio da galera e parar num posto perto.
Dar uma bombada no pneu e descer para cidade.
Onde os alojamientos estavam lotados.
Mas com algum custo, arranjei um. E por sorte, o unico lugar onde havia restaurante aberto na cidade.

No dia seguinte dei uma lavada na bicicleta. Com diesel e sabado, arrumei o pneu e fui dar uma volta na cidade. E realmente, estava tudo fechado.
A populaçao andando nas ruas, mas nada aberto.





Entao eu queria sair da cidade, chegar logo em Nazca. Mas nao queria passar pelo PARO denovo.
Ai descobri que eu podia pegar uma trilha, que ia me levar na estrada mas mais adiante de onde estava tendo o paro. Um policial que me ensinou.
Arrumei as coisas, eram umas 11:30 da manha, sai.

Chegano onde era a trilha, vi como era.
Uma subidona so com pedras, muito difícil de levar a bike ate empurrando.
Mas o jeito era seguir.
Depois de muito esforço e pouco andar, passa um chico e eu peço ajuda para ele.
Ufa! Foi um longo trecho e depois de muito custo cheguei na estrada.
Dei 2 soles para ele. E ele me disse que mais a frente havia PARO tambem.

Mas que eu podia ir que bicicleta pode passar.
Ahann! Igual ontem!

Mas fui, e logo chegando perto do paro, todos olharam para mim e eu falei:
-Viva el paro!

E todo mundo acenou! E foi tranquilo. Passei sem tomar pedrada.



Segui a estrada estava pésima! Era um terreno plano mas nao dava para desenvolver velocidade.
Passei por uma cidade chamada Lucana, almoçei. Ali ficava a 130km de Nazca, entao queria chegar mais na frente e dormir na estrada mesmo, para chegar em Nazca no dia seguinte.

Ja tinha feito 40km e pensava em fazer mais uns 30km. Mas so foi possivel 10km, pois foi so subida, e fiquei em uma cidade chamada Vado. Onde por sorte, havia um quarto para alugar.

No dia seguinte, subida. Mais 30km subindo.
No meio da subida, encontrei um casal de cicloturistas descendo.
Estavam vindo de Lima.





Quando for em Cairo, na Africa. Ja tenho onde ficar.





Eles me disseram que a subida estava acabando, que la no alto, chegavamos a 4.100, do nivel do mar. E depois eram 90km de pura descida. A assim foi, fiz os 90km nem tudo de descida mas foi difícil e perigoso.Pois, descendo num asfalto ruim a 50km por hora, nao eh facil.Tive que dar alguns pulos com a bicicleta quando apareciam uns buracos do nada.





No caminho tive que parar varias vezes pois a pista esta em constante obra.O mais chato foi no final, que faltavam 20km para Nazca e tive que esperar por 1h pois estavam usando explosivos na pista. Quando estava parado, vi que havia arrebentado uma abraçadeira que uso para prender a garupa dianteira.Amarrei com cadarço e pronto! Mais 20km de descida ate Nazca. Aqui em Nazca tem um clima meio Mad Max. Tem uns carros antigos, e altos, com rodas tala larga. Tudo tem cara de deserto mesmo.



Uma coisa boa em ter que esperar tanto na esrtada, peguei este por do sol chegando em Nazca.


Gambiarra com cadarço pra segurar a garupa.







Um desempeno gratis! Gracias.



Ha varios atrativos turisticos por aquí, cemiterios, linhas de nazca e sitios arqueologicos.Queria muito sobrevoar as linhas de nazca, mas custa 50 dolares. Fora do orçamento.
Entao decidi ir ao Cemiterio Chauchilla, Pre inca, e tem umas mumias de 2mil anos de idade.Mas informaçao aquí eh coisa difícil. Perguntei para 4 pessoas onde ficava o cemiterio e se dava para ir de bicicleta.As 4 me disseram coisas distintas.Mas sabia que era na estrada pro lado de Arequipa.Tirei tudo da bicicleta, deixei ela levezinha e fui.Fui mas nao cheguei.Entrei em outro sitio arqueologico, que me disseram que havia cemiterio tambem. Pedalei para dentro do deserto e nao achei nada.Voltei para cidade. Pedalei 50km no total.





A noite peguei informaçoes certas!
Ficava a 20km de asfalto em direçao a Arequipa e mais 7km de terra.
A assim foi, cheguei la! Depois de enfrentar estradas de areia com pneu slick.
Vi as mumias e ossos da Necropolis de Chauchilla.

Fui e voltei de bicicleta, um total de 55km.

Pronto, agora nao sei se pego estrada amanha em direçao a Ica ou se fico aquí mais um dia para descansar realmente.





























Esse foi o caminho percorrido na Bolivia, e parte de Peru.
Tchau!





sábado, 18 de julho de 2009

Macchu Picchu 2, a missao.





tomando um pagadao da policia.
nada demais...






Ai ficamos mais uns 2 dias em cusco. Nossos amigos de viagem a Macchu Picchu foram fazer um trabalho comunitario na cidade de Chinchero. Chegamos a nos encontrar no dia seguinte na Plaza de Armas, antes deles sairem. Nos despedimos e so…
Saimos pedalando em direcao a Abancay, Seria a despedida da Paloma. No caminho percebemos que era a mesma estrada que levava a Macchu Pichhu. Quando chegou a bifurcacao que levava para a cidade de Ollantaytambo. Decidimos ir para la… E ir para Macchu Picchu denovo! Isso sim seria uma despedida.
Mas iamos fazer estre trajeto do jeito mais economico possivel!
Ai, do nada… Quando estavamos pasando em frente a uma cidadezinha, vimos nossos amigos! Que coincidencia louca! Ficamos muito felizes de encontrar eles denovo. E eles nos convidaram para passar a noite onde eles estavam, e claro que topamos. Esse dia pedalamos apenas 30km.



Amigos de la vida.
Deixa eu explicar esta pose. Coloquei a camera no timer e nao deu tempo de chegar direito, ai sai assim meio de lado.


Chegando la, muitas crianças. Eles estavam tendo aula de ingles naquela hora. Depois sairam e fomos o centro das atençoes. Nossas bicicletas, meu brinco, ficaram todas admiradas.
Jogamos futebol e elas se divertiram muito…
Dai, chegou a noite, fizemos uma sopa da boa. E fomos dormir.


No dia seguinte, pedal para Ollantaytambo. 50km com muitas descidas. Chegando na cidade foi difícil pedalar, pois era so subida e de um chao cheio de pedras.






Entrada de Ollantaytambo.


Por toda a cidade corre um canal de agua. So me pergunto oque acontece quando chove demais.


Almoço. Macarrao com verduras, pure de batatas e pao de alho.
Esse pure de batatas vem em saquinho, eh so esquetar a agua colocar manteiga e leite e jogar ele depois. Otimo, facil de fazer e barato.



De Ollantaytambo decidimos ir andando para Macchu Picchu. Sao 31km seguindo o trilho do trem. Compramos outra mochila, das grandes e muito barata. 35 soles. Juntamos a barraca, roupas, sacos de dormir e partimos para o km82 da linha do trem.
Na van, conhecemos o Daniel, nascido em Portugal mas mora na Espanha. O motorista da van nos disse que era possivel fazer a trilha inca apenas comprando o boleto na entrada. Ja estavamos com esta intençao, por isso saimos com muita comida na mochila.
Chegando na entrada da trilha inca, nao havia ninguem. Chamamos e ninguem respondeu tambem. Entao seguimos caminho. Seriam 3 dias de caminhada ate chegar em Macchu Picchu.
Seriam, nao tinhamos caminhado nem 20 minutos e ja chegou a seguranca e nos impediu de continuar. Beleza, ja esperavamos por isso tambem.








Voltamos e começamos a seguir o trilho do trem. Uma caminhada muito bonita e cansativa, pois as mochilas começaram a incomodar. Pretendiamos fazer em um dia, mas nao foi possivel, as 4h da tarde tinhamos percorrido 15km, metade do caminho. Entao decidimos parar e acampar.














Mais um km 106 na minha vida.
















Fizemos um macarrao básico com sopa e fomos dormir. Toda hora passava o trem, ate tarde da noite. Ate que passou um trenzinho bem pequeno com cara de seguridad e parou. Vishh… Ja vao nos mandar sair. Mas logo continuou.
No dia seguinte, de manhazinha, uma voz diz: -Amigos, ja amanheceu.
Sai da barraca, e o trenzinho da seguridad ja estava indo embora. Nos tinhamos ate despertador! Ehehhe.






















Arrumamos as coisas com a companhia de duas vacas, que ate ameaçaram partir para cima do Daniel, e fomos embora. Mais 16km para percorer.
O segundo dia foi mas fácil, nao sei se porque ja estavamos acostumados, mas foi mais fácil.




Chegamos em Aguas Calientes e fomos para o camping, que nao havia ninguem para nos receber. Era so cehgar chegando. Depois fiquei sabendo que custava 15 soles por barraca, mas tudo negociavel. Nao queria pagar este valor, pois nao havia segurança nenhuma. Mas ate entao nao tinha aparecido ninguem para cobrar.
No dia seguinte levantamos as 4:30 da manha, para subir os 10km para Macchu Picchu ape. No caminho estava muito calor e eu resolvi tirar o gorro, so que nao lembrava que meus oculos escuros estavam presos nele.
Resultado: Perdi os oculos.
Mas ta, chegamos na porta de Macchu Picchu. Ah! Eu nao tinha falado ainda que nao pretendíamos pagar os 250 soles para entrar. Era para fazer do jeito mais economico possivel. O Camilo, nosso amigo cicloturista da Colombia nos deu uns toque de um caminho alternativo.
E la fomos nos no meio da mata, no começo tudo beleza… Tinha ate uma pequena trilha para seguir. Ai depois veio uma cerca bem fechada de arame farpado e mata fechada.
Seguimos por cerca de 1h na mata, no final ficou muito difícil, tinha que abrir caminho com o facao. Começamos a escutar vozes… Estavamos perto.
Vimos as pessoas que chegam da trilha inca, era por ali mesmo que queríamos chegar. Demos um tempo ate que nao passasse ninguem e subimos.
Beleza! Estavamos dentro!







Fomos caminhando em direçao a cidade perdida. Nos misturamos no meio dos turistas. Mas assim que vimos um guarda, ele olhou para mim (estava todo sujo) e pediu o ingresso. Eu disse que estava com a Paloma, e fui em direçao a ela. Pra levar ele mais pro canto, e disse que nao tinhamos ingresso. E tentei jogar uma conversa, para ele nao falar para ninguem, mas nao foi possivel. Mas ele foi muito gente fina, disse que poderiamos ficar ali, sentados olhando. Ficamos mais uma meia hora, tiramos umas fotos e insistimos a ele para dar uma voltinha. Acho que por ele tava tudo bem, mas tinha outro segurança perto e ele disse que nao dava. Ai falamos que queríamos ir embora entao.
Ai, chega outro segurança com o nosso amigo da Espanha, o Daniel. Ele tambem entrou sem pagar.
E o segurança nos levou ate a porta e descemos caminhando denovo para Aguas Calientes.











O segurança disse que haviam mais 4 pessoas que tinham entrado “pela janela”. Ele disse que tinha cameras por todos os lados, e eles nos viram.
Ficamos de bobeira na cidade de Aguas Calientes, que tambem eh conhecida como Macchu Picchu Peblo. O cidadezinha cara.
Mais tarde conhecemos uns Argentinos no camping, eles que eran os 4 que entraram sem pagar tambem. E tambem foram descobertos.
Todos que estavam no camping entraram sem pagar! Ehehhe!





No dia seguinte tinha um policial no camping, Ja pensei que poderia ter alguma coisa a ver com Macchu Picchu. Mas nao, o camping era da prefeitura e ele estava ali para cobrar. Falamos que estava muito caro, pois no camping nao havia segurança. Ele disse que havia sim. Mentira. Pelomenos pagamos apenas por um dia, 15 soles. Depois de um tempo ele voltou e nos devolveu 5 soles, fez um descontinho.
Arrumamos tudo e fomos caminhar mais uma vez pelo trilho do trem, desta vez para a estaçao hidroeletrica. Apenas 10km. De la, pegamos um taxi para a cidade de Santa Tereza, onde fomos denovo a aguas termales. Uma especie de caldas novas, mas muito mais bonito e mais barato!














Acampamos la, 10 soles para acampar e mais 20 soles para entrar. Tivemos que ir ape para la, pois eram umas 2h da tarde, e transporte para la so saia as 4:30. Ou pagavamos 20 soles para algum carro nos levar, fomos caminhando. Uns 7km.
Armamos a barraca e logo chegou uma menina muito simpatica e começou a conversar comigo. Entramos na agua quente e so saimos quando ficamos enrrugados. Tomamos um vinho gato negro.











Estavamos jogando truco irlandes quando chegaram dois meninos, muito divertidos! Com uma cobra de madeira. Deixamos o truco para la e começamos a brincar com eles. Foi fera!



1 litro 10 soles.




Dai, o vinho acabou e conhecemos o cara do bar. Muito gente fina. E começamos a tomar cerveja. Cusqueña, uma otima cerveja. Nao amarga. Tomamos umas 4 e depois tomamos um drink chamado Peru Libre. Pisco com coca cola.
Resultado: Ficamos muito borrachos (bebados). Ficamos conversando ate ele fechar o buteco. Ah! No final da tare começou a chegar um monte de gringo com uns guias, e os guias armaram as barracas. Lotou de barracas, ainda bem que chegamos cedo e pegamos um otimo lugar.
Entamos na pscina a noite, para curar um pouco o porre. Foi otimo entrar e dificl sair.
No dia seguinte, Ressaca. E subimos caminhando para cidade, que foi difícil.

No total, nas duaz vezes que fomos para Macchu Picchu, caminhamos uns 90km. Eh, gostei de viajar ape.





Almoçamos, demos uma voltinha na cidade e pegamos um transporte para Ollantaytambo. Onde nossas bicicletas nos esperavam.



No dia seguinte, arrumamos as coisas da Paloma e ela partiu para Cuzco. E de la, pegar um onibus para Puerto Maldonado, 18h de viagem. Tadinha, deve ter sofrido, ainda nao falei come la. Mas conheci uns caras de Goiania que fizeram este trecho de onibus e me falaram que eh muito duro.


Assim que a Paloma foi embora, eu fui sorteado. Estava saindo da internet, na praça principal quando do nada, voa um guarda sol em mim. Foi muito rápido. Em menos de um segundo o vento jogou ele com tudo e a ponta de madeira do guarda sol bateu bem na minha testa. Fiquei tonto na hora, sentei no chao. Ai ja chegou um policial e a mulher da loja que estava o guarda sol. Eu so falava: Carajo!
Paguei um sapo de leve para mulher, e ela passou alcool no machucado e criou um galo.



Depois disso fui dormir, chapei mesmo. Acordei era noite. Ai me atrapalhou todo o sono para sair pedalando no dia seguinte.
Mas sai, eram umas 9h da manha sai de Ollantaytambo. Pretendia pegar um onibus ate a bifurcaçao que ia para Ayaviri. Mas fiquei sabendo que havia uma estrada que cortava o caminho e la fui eu.



Pedi informaçao e um cara me disse que na alturo do km 64 era para eu entrar para direita. Ollanta fica no km 80. Confiei e fui. Mas depois de uns km decidi perguntar denovo. E ja tinha passado a entrada! Mas nao muito. A informaçao que me deram era errada. Voltei e entrei na estrada. Estrada de terra, nao… Minto… Era de pedra! Muito foda de pedalar. Mas nao tinha o que fazer, era pedalar… uns 20km para chegar na cidade de Huarocondo e depois mais 10km de terra para a cidade de Anta.
Tinha pedalado uns 5 km e passou um caminhao. Pedi carona na hora. Ele disse para eu subir. Nao sei de onde tirei forças mas subi a bicicleta no ombro e coloquei ela em cima do caminhao. Pensei que ele me levaría ate Anta ou Huarcondo. Mas andei so uns 20min com ele. E ele virou para outra estrada e me ajudou a descer a bike.









Encontrei outro ciclista, era um Peruano ali da regiao que me disse que a próxima cidade ficava a 2h de bike dali. O jeito eh seguir mesmo. Numa velociade media de 6km por hora, a bicicleta tripidando absurdos e dito e feito. Em 2h eu cheguei em Huarocondo. Assim que cheguei na cidade, um cara que certamente estava bebado me disse assim:
- Hey, gringo! Give me your Money!
Na hora eu respondi:
-Vate a mierda cabron!
Ele ficou com uma cara de besta e eu segui caminho, ja vi que nao ia ser muito bem recebido na ciadde. Chegando na Plaza de Armas (Aquí no Peru toda praça principal chama se Plaza de Armas) estava tendo a maior festa, festa nao… Procissao. Varias bandinhas tocando, todos fantasiados e eu chamei a maior atençao, lógico. Fui comer, e so havia porco assado. Fiquei meio desconfiado de comer mas comi. Vinha um tanto de porco e um pao. Ate que estava bem gostoso, me lembrou o leitao que minha vo faz, so faltava aquele toque que so ela sabe dar e um biscoitao ao invez de pao. Na hora de pagar tomei um susto. 10 soles. Deveria ter perguntado antes de comer o preço. Pedi um desconto mas ela nao deu. Fiquei pensando que ela estava cobrando este preço porque eu era gringo. Mas na verade ate que rolou o desconto, pois ela esqueceu de cobrar o refrigerante. Fui perguntar em outro lugar quanto custava, e eram 10 soles mesmo.




Ai, uns rapazes me chamaram para conversar. Estavam fantasiados. E papo vai papo vem, falei do blog, tiramos uma foto e falei para eles entrarem depois que ia colocar a foto. Eles estavam tomando cerveja cusqueña, e insistiram muito para eu tomar tambem. Disse que nao podía, qua ia pedalar ainda. Mas insistiram tanto que decidi tomar. Mas ai eles disseram que eu so poderia tomar se virasse a garrafa toda. Dito e feito, virei a garrafa de cerveja e ja fiquei tonto na hora.
Fui me dirigindo em direçao a saida da cidade, fiquei sabendo que havia outro caminho para Anta por asfalto, mas era mais distante. Mas decidi ir por ele, aquela areia com terra nao dava mais.
Quando ia sair da praça, outros caras me pararam. Esses mais velhos e bebados tambem. Fizeram a maior festa comigo, colocaram a mascara e o chapeu em mim e foi demais. Dei uma volta de bike com a mascara e o chapeu, todo mundo acenando para mim. Dei ate entrevista com a mascara. Jogaram cerveja em mim, passei no meio da dança deles (mas a pedido deles) e foi demais. Acabou aquela primeira impressao da cidade. Um dos caras insistiram muito para eu ficar la, que poderia ficar na casa dele, ele me dava comina e uma mulher. Ehhehe! Eu disse que nao, que era noivo e tinha que partir.



As fotos nao ficaram muito boas porque dei a camera na mao de um bebado la e ele tirou essas fotos pra mim.





Dando entrevista pro canal 35.


Tranquilo, fui meio bebado pedalar uns 15km para chegar aqui em Anta. Cidade ate meio grante, arranjei um alojamiento por 8 soles e agora estou aqui, escrevendo.
Para chegar em Ayaviri sao mais uns 200km, mas cheio de cidades no meio.
Estou tendo umas caibras, coisa que nunca tinha acontecido nesta viagem. Acho que eh porque fazem muitos dias que nao tomo as vitaminas que tenho.
Isso ai, um abraçao para quem leu ate o final e para quem so ve as fotos tambem.
Ate mais companheiros!