sexta-feira, 24 de julho de 2009



Ouvir:
Mas a Maria Rita fica soh gritando no fundo.
A letra mesmo eh do GOG.


Sai da cidade com o nome de Anta , logo na saida, encontrei uma equipe de ciclismo. Trocamos uma ideia, e iamos pro mesmo lado. Em direçao a Abancay.
Dai, era terreno plano, e eu fiz uma forcinha para acompanhalos por algum tempinho.
Uns 7km, e fiquei para tras…
Fiquei mesmo, cansei que so e nao podia mais pedar como antes. Mas logo chegaria uma descida.
Demorou mas chegou.
Desci uns 40km ate chegar na cidade de Limatambo.
La, arranjei uma hospedagem mais barata, e fui na Internet.
Me disseram que havia mais uma descida depois da cidade e depois uma subida de 50km.
Me deu a maior preguiça desta subida.
Entao, no dia seguinte pedalei ape o pe da subida e peguei uma carona em um caminhao.
O primeiro que eu acenei, parou e ja foi abrindo a carroceria.
Eu fui na parte de tras mesmo, adimirando o visual.
Foi um alivio fazer aquela subida num caminhao.
Dai, o caminhao chegou no topo e começou a descer.
Tranquilo…
Parou num restaurante!
Adivinhou!
Mas ai ja estava perto de Abancay, e eu ja desci com a bicicleta.
Almoçamos, ele pagou.
Conversamos e eu desci para Abancay pedalando.



Logo quando cheguei na cidade, fui para plaza de armas tirar umas fotos, e fiz amizade com as crianças que trabalhavam la.
Eram uns eram engraixates e outros faziam ligaçoes de celular.
Muito curiosos com tudo, sempre.
Do brinco, da bicicleta, do Brasil.

E fui atrás de hotel, ia descansar uns 2 dias na cidade.
Consegui um descontao com o Hotel do Nicolas.



valeu mesmo!





Fiquei 2 dias la, descansando.
Conheci uns punks brasileiros muito dos chatos.
E dormi bastante, vi muito discovery channel e pronto.
Estrada denovo.

Estava saindo da cidade, e quase atropelei uma mae de maos dadas com o filho, de uns 9 anos.
Mas ela entro na rua com tudo, sem olhar pro lado.
Dei o maior grito, e o alforge chegou a bater no menino, mas de leve.
Ela pediu desculpas e reconheceu que estava destraida.

Na saida de Abancay, ja sabia que ia encontrar descida. Mas so nos primeiros quilometros, que logo começava a subida e la em cima. Depois da subida começava o deserto.
Deserto este que se extente ate o litoral. Estava a uns 400km do litoral.
Nao quis encarar o deserto, haviam poucos povoados ate Puquio, que era a cidadezinha maior por ali… E ficava a 200km de Abancay.





Mas fiz a descida de Abancay, e na estrada descolei uma carona. Passam varios caminhoes vazios indo para Lima buscar mercadoria. E O primeiro que eu acenei, parou tambem.
Conversamos, disse que queria chegar em Puquio. Mas esse me cobrou uma graninha…
Beleza, topei. 20 soles, 200km. Ta valendo.

Fui na carroceria tambem, e essa ia ser bem demoradinha. Mas logo ele parou e fomos conversando e escutando musica.

Almoçamos, e ele nao deixou eu pagar. Escutamos lambada, e musicas tradicionais. E a noite caiu. Mas ja estavamos chegando em Puquio.

Mas acontece, que estava tendo O PARO. Que eh aquela paralizaçao das estradas, que a populaçao faz para cobrar melhorias e tudo mais.

O Paro ali eh mais serio. Para tudo mesmo, ate a cidade.
E o motorista teve que parar na fila de caminhoes, e eu desci do caminhao.
Ele me disse que de bicicleta era tranquilo de passar.

Descemos a bicicleta e la fui eu, em direçao do paro.





Cheguei la, muitas pedras, muita gente gritando. Com lanternas nas maos.
Ai, ja vou falar com os primeiros que estavam ali, e eles me disseram para passar.
E eu passei, fui desviando das pedras. Iluminando o caminho com uma lanterna de cabeça.

E a galera começou a gritar: Gringo! Gringo!

E eu passando, quando fui perceber o pneu dianteiro murcho.
Mas dava para continuar descendo, e fui descendo…
Quando no meio das pessoas gritando gringo, voa uma pedra.
Pega no alforge, mas logo voam outras.
E uma pego nas minhas costas!

Mas segui, ate sair do meio da galera e parar num posto perto.
Dar uma bombada no pneu e descer para cidade.
Onde os alojamientos estavam lotados.
Mas com algum custo, arranjei um. E por sorte, o unico lugar onde havia restaurante aberto na cidade.

No dia seguinte dei uma lavada na bicicleta. Com diesel e sabado, arrumei o pneu e fui dar uma volta na cidade. E realmente, estava tudo fechado.
A populaçao andando nas ruas, mas nada aberto.





Entao eu queria sair da cidade, chegar logo em Nazca. Mas nao queria passar pelo PARO denovo.
Ai descobri que eu podia pegar uma trilha, que ia me levar na estrada mas mais adiante de onde estava tendo o paro. Um policial que me ensinou.
Arrumei as coisas, eram umas 11:30 da manha, sai.

Chegano onde era a trilha, vi como era.
Uma subidona so com pedras, muito difícil de levar a bike ate empurrando.
Mas o jeito era seguir.
Depois de muito esforço e pouco andar, passa um chico e eu peço ajuda para ele.
Ufa! Foi um longo trecho e depois de muito custo cheguei na estrada.
Dei 2 soles para ele. E ele me disse que mais a frente havia PARO tambem.

Mas que eu podia ir que bicicleta pode passar.
Ahann! Igual ontem!

Mas fui, e logo chegando perto do paro, todos olharam para mim e eu falei:
-Viva el paro!

E todo mundo acenou! E foi tranquilo. Passei sem tomar pedrada.



Segui a estrada estava pésima! Era um terreno plano mas nao dava para desenvolver velocidade.
Passei por uma cidade chamada Lucana, almoçei. Ali ficava a 130km de Nazca, entao queria chegar mais na frente e dormir na estrada mesmo, para chegar em Nazca no dia seguinte.

Ja tinha feito 40km e pensava em fazer mais uns 30km. Mas so foi possivel 10km, pois foi so subida, e fiquei em uma cidade chamada Vado. Onde por sorte, havia um quarto para alugar.

No dia seguinte, subida. Mais 30km subindo.
No meio da subida, encontrei um casal de cicloturistas descendo.
Estavam vindo de Lima.





Quando for em Cairo, na Africa. Ja tenho onde ficar.





Eles me disseram que a subida estava acabando, que la no alto, chegavamos a 4.100, do nivel do mar. E depois eram 90km de pura descida. A assim foi, fiz os 90km nem tudo de descida mas foi difícil e perigoso.Pois, descendo num asfalto ruim a 50km por hora, nao eh facil.Tive que dar alguns pulos com a bicicleta quando apareciam uns buracos do nada.





No caminho tive que parar varias vezes pois a pista esta em constante obra.O mais chato foi no final, que faltavam 20km para Nazca e tive que esperar por 1h pois estavam usando explosivos na pista. Quando estava parado, vi que havia arrebentado uma abraçadeira que uso para prender a garupa dianteira.Amarrei com cadarço e pronto! Mais 20km de descida ate Nazca. Aqui em Nazca tem um clima meio Mad Max. Tem uns carros antigos, e altos, com rodas tala larga. Tudo tem cara de deserto mesmo.



Uma coisa boa em ter que esperar tanto na esrtada, peguei este por do sol chegando em Nazca.


Gambiarra com cadarço pra segurar a garupa.







Um desempeno gratis! Gracias.



Ha varios atrativos turisticos por aquí, cemiterios, linhas de nazca e sitios arqueologicos.Queria muito sobrevoar as linhas de nazca, mas custa 50 dolares. Fora do orçamento.
Entao decidi ir ao Cemiterio Chauchilla, Pre inca, e tem umas mumias de 2mil anos de idade.Mas informaçao aquí eh coisa difícil. Perguntei para 4 pessoas onde ficava o cemiterio e se dava para ir de bicicleta.As 4 me disseram coisas distintas.Mas sabia que era na estrada pro lado de Arequipa.Tirei tudo da bicicleta, deixei ela levezinha e fui.Fui mas nao cheguei.Entrei em outro sitio arqueologico, que me disseram que havia cemiterio tambem. Pedalei para dentro do deserto e nao achei nada.Voltei para cidade. Pedalei 50km no total.





A noite peguei informaçoes certas!
Ficava a 20km de asfalto em direçao a Arequipa e mais 7km de terra.
A assim foi, cheguei la! Depois de enfrentar estradas de areia com pneu slick.
Vi as mumias e ossos da Necropolis de Chauchilla.

Fui e voltei de bicicleta, um total de 55km.

Pronto, agora nao sei se pego estrada amanha em direçao a Ica ou se fico aquí mais um dia para descansar realmente.





























Esse foi o caminho percorrido na Bolivia, e parte de Peru.
Tchau!





9 comentários:

  1. Nooossa que deserto loco!

    Como eu queria estar ai!

    Viva el Paro! =*****

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  2. Oi!! Mantenha contato por e-mail p/ vermos a passagem! Muita Saudade!! E viva el Paro! (RS) Bjs!

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  3. Grande Fabio sucesso nesta empreitada...

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  4. Caralho! Nunca tinha visto uma caveira Dread Look. uhahuahuauhau
    Comedia de mais!

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  5. Viva el paro....Safou bem emm? diga quando vem.. audade

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  6. mlk, faz uma bandeira 'viva el paro' ai!

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  7. "Viva el paro" "vivam as múmias sulamericanas" "Viva o Fabão" Abraço cara.

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  8. Atualiza, mermão!
    to doida pra ver a cara do pacifico.

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Valeu!