sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Isla Inkawasi nao eh a Isla do Pescado.

Ola pessoas. Mais uma vez um tempao sem postar neh... Mas nao foi possivel antes.
Bem... Estava em Potosi, a cidade mais alta do mundo, e bla bla bla... Mas nos nao sentimos nenhum efeito da altitude. Pois nao chegamos bruscamente, foi metro a metro!
Sai de Uyuni sozinho, pois a Paloma nao queria enfrentar a carretera de terra e estava resfriada.
Bom que fui bem leve, as coisas pesadas estavam todas com ela. A primeira Lhama que vi na minha vida

E assim podia andar mais rapido e mais longe. E assim foi feito. No primeiro dia pedalei 98 quilometros, ate um povoadozinho perto da cidade de Tica Tica.Primeiro pico nevado que vi na minha vida

Um povoado meio abandonado, onde nao tinha alojamiento. Fui conversando, e arrumei uma das varias casas abandonadas que tinha na cidade. O gentil senhor que me cedeu a casa nao quis receber nada por isso, mas eu insisti e lhe dei 10 bolivianos. A casa era muito antiga, e nao tinha energia eletrica. Era domingo e nao havia nenhum comedor (restaurante) aberto. Tive que me virar com uma sopinha com macarrao que tinha levado, e uns paes. A noite caiu, sai para dar uma volta na cidade. Havia um pouco de gelo nas ruas, e encontrei o senhor denovo. ele me disse que mais tarde, havia um lugar onde vendiam papas (batatas) fritas.
Fui ate la.
A porta estava fechada e tocava uma musica dessas tradicionais daqui.
Abri a porta na cara dura, pois quem tem fome tem cara dura. hehe!
Musica alta! Cholas e velhos dancando, e um cheiro muito esquizito.
Tentei falar com um dos velhos, perguntando se havia comida. E fazendo gestos, pra ele entender, pois nao se escutava muita coisa.
Ele apontou para a mesa, onde so havia folhas de coca e bebidas.
E a musica rolando... As cholhas dancando... E nos nao nos entendiamos.
Ai eu desisti, e fui em direcao a saida.
Quando me virei, vi que havia um menino de uns 12 anos atras do balcao com cara de tedio, controlando o som.
Viva! Uma pessoa sobrea.
Tentei falar com ele, sem muito sucesso, por causa do som alto.
Ele abaixou o som, e eu disse pra ele que nao precisava, e fui embora.
Voltei pra casa.
A casa fazia uns ruidos, coisa de casarao velho... Sei la se alguma alma penada morava por la... hehe! confesso que nao acredito muito nessas coisas, mas confesso que tive medo.
Coloquei sigur ros nos ouvidos e fui dormir. Eram umas 8:30, 9:00 da noite.
Logo a bateria do mp3 acabou e tive que me acostumar com os rangidos.
Acordei por volta de 4 horas da manha e nao cosnegui dormir mais... Parecia que a casa ia levantar e sair andando.
Mas eu que fiz isso, fiz o resto de sopa que me sobrava e peguei estrada junto com o sol.
Fazia muuuuito frio, ja nao usava roupas de ciclista.
Usava 3 casacos, 2 calcas, 2 luvas, 2 meias com saco plastico em volta do pe.
E assim, segui mais 103 quilometros ate a cidade de Uyuni.A bike leve e um trem de 1800 e num sei quanto.

A chegada em Uyuni foi emocionante. Quando fiz uma curva e vi a cidade com o salar no fundo confesso que chorei.
Liguei a camera filmadora da bicicleta e fiz este video:

Acelerei ele pra nao ficar muito chato e coloquei Violins como fundo musical.
No final do video eh a filmagem de quando estavamos chegando na Chapada dos Guimaraes.

Cheguei em Uyuni e a temperatura era de -2 graus. Nao sei qual a logica mas em Uyuni que fica a 3700m do nivel do mar, faz mais frio que Potosi que fica a 4200m. Arrumei um alojamiento e tomei um banho, coisa que nao fazia a 3 dias.
Logo a Paloma chegou de Onibus e ficamos um dia de papo pro ar em Uyuni.
No dia seguinte fomos nos arrumar para sair... Coisa que sempre nos toma muito tempo, por isso muitas vezes saimos bem tarde para o pedal. Mas tudo bem, era um pedal de apenas 20km para a cidade de Colchani, que fica bem na beira do Salar de Uyuni. Tinhamos que comprar provisoes para cruzar o salar, mas nos demos mal. Era dia das maes na Bolivia e tudo estava fechado. Tinhamos que arrumar o freio traseiro da bike da Paloma, estava pegando no aro. E nenhuma loja de bicicleta aberta.

Ahhh! Quando estavamos saindo do alojamiento, estava chegando outro casal. Uns franceses que estao viajando ha 11 meses! E aconteceu uma coisa engracada, vamos la:

Estavamos chegando em Potosi, um pouco antes de pegar os 20km de subida. Estava um pouco a frente da paloma, quando chego perto de um onibus parado no canto da estrada, havia um casal de certa didade, que titou umas fotos, dai... Parei pra conversar ne...
Estendi a mao para cumprimentar o senhor e ele veio falando em frances e me tascou um beijo na bochecha.
Pensei: tah.. eh frances.
Dai veio a senhora e me tascou um beijo tambem.
E falando comigo, toda empolgada, em frances. E eu nao entendendo muita coisa.
Foi quando chegou a Paloma, que estava mais atras.
A mulher olhou pra Paloma, e disse: Voce nao eh a Raquel!
Naaao... Ela estava nos confundindo com outros ciclistas!
Era um sobrinho dela, que estava viajando de bicicleta tambem.
Esclarecido o mal entendido, nos despedimos e seguimos caminho.

E nao eh que eram os ciclistas que encontramos em Uyuni!
A Rachel e o Guillaume.
Contamos o acontecido, eles riram muito! Disse que era a tia do Guillaume mesmo.
Tiramos uma foto e seguimos para a cidade de Colchani.
O blog deles: http://www.destresorsdansleciel.blogspot.com/

Como dizia, saimos muito tarde. Era 4 horas da tarde quando deixamos a cidade de Uyuni em direcao a Colchani. Estrada de terra/areia. Chegamos as 6h. E fomos ao unico hotel da cidade.
Um hotel de sal. Tudo de sal... As paredes, a cama, a mesinha de centro.
A mulher nos apresentou o hotel, e disse que havia cozinha.
Eu disse que bom! Vamos cozinhar!
Ela me mostrou a cozinha.
Nao era nada! era so um quarto mais sujo com umas coisas amontoadas...
Nao era uma cozinha, mas ela nao queria que nos fizessemos a comida no quarto.
O que fizemos.
Muito frio e nao queriamos sair do quarto pra nada.
Combinamos um desconto por uma divulgacao no blog.
No dia seguinte, levantei pra comprar porvisoes para cuzar o salar.
Sem muito sucesso. Na cidade nao havia pao, nem sopa. A base de nossa alimentacao.
Voltei pro hotel, tive que enfrentar um cachorro que nao foi com a minha cara.
Ele veio que veio! Pra me morder!
Peguei uma pedra, joguei nele, acertei.
Ele ficou com mais raiva, veio que veio mais ainda!
O chutei, e ele foi que foi... Desistiu.
Coracao na boca, fomos fazer o desayuno (cafe da manha).
Mais uma vez, sopa com macarrao, e um paozinho que nos restava.
Ai, a Paloma resolveu esquentar a agua que iamos tomar, colocando debaixo do cobertor.
A garrafa estava quase cheia, mas ela esqueceu de certificar que estava bem fechada.
Resultado: Derramou quase tudo na cama do hotel.
Ah! tudo bem, estamos pagando!
Arrumamos as coisas e saimos.
Antes de sair pro Salar, fomos comer algo. Eram umas 11h da manha, entao fomos almocar.
Era perto do hotel, dai a mulher chamou a Paloma e comecou a pagar sapo pra ela, por causa da cama molhada. E queria mais 10 bolivianos por causa disso.
A Paloma retrucou, disse que nao tinha essa grana e aquilo era agua, so colocar no sol que seca.
E fomos embora.
Uma cancao para comecar o dia.

Saindo de Colchani, encostei a bicicleta no pezinho.
Depois vi que a bicicleta estava se movendo, era o pezinho que nao aguentava mais o peso e estava cedendo... Fui as pressas segurar a bicicleta para ela nao cair no chao e bater o violao, e meti a mao no velocimetro.
Resultado: quebrou o pezinho e o velocimetro, arrebentou o fio.
E agora? Enfrentar o salar sem saber quantos km pedalamos...
Naao, eu e minhas gambiarras, desemcapei o fio com os dentes e dei um jeitinho com fita crepe.
O pezinho ja era, mas o cateye estava na ativa denovo.



Salar de Uyuni!

O chao duro, como asfalto! Agora sim as bicicletas vao render mais.
Assim que entramos no salar, haviam varias estradinhas que nao da pra se ver muito bem.
Resolvemos seguir a da esquerda, sabendo que qualquer escolha errada ali poderia ser fatal:
Chegar a lugar nenhum!
Saimos com algumas informacoes sobre o Salar, tambem nao da pra ir na doida assim.
Sabiamos que da cidade de Colchani ate o hotel de sal eram 20km. Onde poderiamos comprar agua. E 60km depois do Hotel, havia a Isla do Pescado, onde me disseram que havia uma cidadezinha com alojamientos mais em conta e restaurantes.
Tinhamos comida e agua para um dia, e iamos dormir na barraca na primeira noite e depois chegar na Isla do Pescado.

Entao, estavamos na estrada da esquerda. Sem muita certeza.
Quando avistamos algo na direita, o que parecia um hotel.
Pesnamos: Estamos errados, vamos para la.
E sim! estavamos errados e ali era o hotel.
La no hotel, param muitos jipes. Jipes esses que fazem passeios pelo Salar, pela modica quantia de 140bs por cabeca.
Paramos ali para descancar e ser o centro das atencoes.
Muitas pessoas falando conosco. Americanos, Israelenses, Franceses e Brasileiros.
Encontramos um cara de Brasilia, mais precisamente Taguatinga.
Outros de Sao Paulo e uma mulher de Manaus.
Esta mulher nos perguntou se tinhamos Bussolas, ou GPS, para andar no Salar.
Dissemos que nao.
Ela riu e disse: Eles sao Brasileiros, acreditam em Deus!
hehehe!
Partimos para o nada!
Perguntamos a um dos motoristas dos jipes, para onde era a Isla do Pescado.
Ele apontou: Pra la.
Fomos.
Completamos 40km de pedal, eram 4:30 da tarde.
Fomos armar a barraca, fazer comida e dormir antes que caia a noite e venha o frio.
Sabiamos que nao era facil perfurar cha do salar para armar a barraca.
Um outro casal de ciclistas nos recomenraram levar uma pedra para fincar os pauzinhos da barraca.
O que nao fizemos.
E creio que nao ia adiantar, pois tentei fincar com o cabo do facao que levo, e o pauzinho entortou mas nao fincou.
Tivemos a brilhante ideia de amarrar a barraca nas bicicletas.
Deu certo.Uma bicicleta atras da barraca e a outra na frente.

Fomos cozinhar. O vento iria atrapalhar o fogo, entao sacamos umas placas de sal que se soltam do salar para fazer uma "cazinha" para podermos cozinhar.Jeitinho brasileiro para segurar o vendo no fogareiro.

Mesmo assim, o vento atrapalhou. Gastamos muito alcool pra ferver a agua e fazer nossa comida. A mesma de sempre.

Hollywood, como dizem os patinadores.


Um abraco para esquentar.



Comemos e fomos dormir.
O frio era constante. Dentro da barraca marcava zero graus.
Mas tinhamos comprado um saco de dormir novo em Potosi, estavamos com 3 sacos de dormir. 2 dos bons e um maizomenos.
Foi duro dormir por causa do frio. O vento aumentou muito de madrugada e fazia muito barulho nas lonas que estavam cobrindo as bicicletas.
Estavamos contando as horas pro sol sair e esquentar o clima.
Mas nao esquentava, deu 6h e um solzinho meia boca. Deu 7h e o sol nao vinha direito.
Sai da barraca e vi que o ceu estava todo nublado!
Logo hoje!
Todos os outros dias o ceu estava limpo.
Mas enfrentamos o frio e fomos cozinhar, no mesmo sistema do dia anterior.
Mas o vento estava mais forte, e o alcool estava pouco e nem esquentava a agua.
Tivemos que fazer uma coisa arriscada.
Trazer uma placa de sal para barraca, pra cozinharmos sobre ela na barraca fechada.
Arriscada mesmo, pois se o fogareiro virasse, ia pegar fogo em tudo!
E a chama do fogareiro eh bem alta, poderia queimar a parede da barraca.
Mas era o jeito, tinhamos que comer!
Deu tudo certo, fizemos o rango que nos restava, levantamos acampamento e partimos.

Pensando que a Isla do Pescado estava a apenas 20km dali.
Pedalamos 10km e ja senita falta de comida, paramos para descansar, comemos leite em po puro, ovo cozido e seguimos.Sal ou gelo?


Foi dar essa paradinha o vento comecou a pegar feio!
estavamos numa media de 16km por hora, depois da parada e com a chegada do vento a media caiu para 8km/h.
La no fundo viamos a Isla, e fomos chutando a distancia.
Pensavamos que ia ser a 10km dali, pois ja tinhamos pedalado 10km.
Fizemos 20km e nada de chegar na isla.
30km e nao chegavamos!

Descansando com as pernas pra cima, como a mamae disse.


Fomos chegar aos 34km pedalados, num veeeento contra!

Chegando na Isla de Inkawasi, repare no corpo inclinado para frente, por causa do vento.


Chegamos e descobrimos que nao era a Isla do Pescado, era a de Inkawasi.
Tinham varios jipes de turistas parados e vieram falar conosco.
Logo de cara falei que estavamos com muita fome e pedi bolhachas ou frutas.
Ninguem nos deu, mas nos disseram que havia um restaurante na Isla!
Nossa salvacaaao!
Encontramos um ciclista tambem, mas ele estavade jipe e disse que havia um livro de visistas na Isla, onde todos os ciclistas e viajantes deixavam um recado.
Fomos atras da comida. Havia um restaurante carissimo!
custava 30bs o hamburguer.
Mas era o jeito, pois nao tinhamos mais alcool para cozinhar. E o senhor que tinha um outro restaurante mais em conta na isla, nao tinha mais nada para comer e nao quis esquentar nosso macarrao.
Pagamos 60bs pelas hamburguesas e azaramos o cara do restaurante para fazer o nosso macarrao. Ele topou.
E na Isla, nao havia alojamiento, apenas um "refugio". Onde se pagava o preco de um alojamiento.
20bs por pessoa.
Foi o jeito. Ficamos numa sala, com uma vista linda do Salar e vimos um por do sol lindo tambem com varios turistas tirando umas fotos meio bobas...


Cactos com mais de mil anos de idade




Quando caiu a noite, o cara que nos cobrou pelo refuigio chegou com um Frances, que estava viajando ape. Nos perguntou se havia algum problema se ele dormisse ali conosco. Dissemos que Nao havia problema. E ele dormiu la tambem.
Ele nao falava ingles nem espanhol. So frances.
Foi muito dificil a comunicacao, mas beleza! Dormimos.



No dia seguinte, pedal pra Isla do Pescado! Onde pensavamos ter uma cidade.
Tomamos um cafe da manha reforcado, pegamos informacoes sobre a Isla, e nos disseram que era a 20km dali.

Beleza! seguimos.
Pouca comida, so comrpamos uns paes e ovos cozidos. Era o que tinha.
Mais uma vez, vento contra!
Media de 8km/h.
Fiz uma coisa que nunca tinha feito na vida!
Desci da bike e fui empurrando.
Pois o vento estava maltratando mesmo! Nao dava para ir para frente!
O vento fazia a cruva na bike e ia na direcao contraria!
Como a Isla do Pescado estava pertinho, fomos empurrando.
Sempre parando para descansar e comer leite em po puro.
Chegamos na Isla, e naaada de cidade.
Subi na Isla para ter uma visualizacao melhor, e naada de cidade!

-Ah! deve ser aquela outra!

Estava um pouco proxima. Fomos, e naada.
Subi na outra Isla pra ver se avistava algo, e nada...

Fabio Moraes a procura da cidade da Isla do Pescado.


Chegamos a conclusao que tinhamos pego a estrada errada.
Pois saindo da Isla de Inkawasi, havia duas estradas, mas o cara la nos apontou nitidamente esta.
Estavamos com muita fome e decidimos voltar para a Isla de Inkawasi.
Sorte que era a favor do vento!
Tinhamos pedalado 25km em 3 horas.
Na volta, demoramos 1h para chegar.
Ahh! como eh bom pedalar a favor do vento.


Don Alfredo, ele que nos negou esquentar o macarrao. Escrevemos no seu livro por duas vezes e o perdoamos.


Chegamos la e fomos "tirar satisfacao" com o cara que nos indicou a direcao.
Ele nos disse, que era ali mesmo!
Ai eu retruquei:

-Mas e a cidade!!

-Nao ha nenhuma cidade na Isla do Pescado.

-Mas me disseram, que na Isla do Pescado havia alojamiento, comedor... Tudo!

-Ahhh! nao! Eh que algumas pessoas chamam a Isla de Inkawasi de Isla do Pescado.
Aqui que tem comedor e "refugio".

Noossa! que coisa!!!
Mas como eles nao nos alertaram que nao havia nada na Isla do Pescado!

O jeito foi pagar mais 40bs pra dormir no refugio novamente e mais uma grana no restaurante de gringo.

Mas no dia seguinte, iriamos para Tahua, que fica a 40km da Isla de Inkawasi, mas em outra direcao. Tudo na base do: eh pra la! E nos apontavam a direcao.

Beleza, nem desarrumamos as bikes, dormimos e saimos bem cedo para Tahua.
Nessa altura estavamos a 5 dias sem tomar banho e sem dar noiticias em casa.

Foi tranquilo o pedal para Tahua, pois o vento nao estava contra, estava meio de lado e nao patrapalhava tanto. Mas tambem nao ajudava.

Um pelado no Salar!

Agora ja vestido com o vulcao Tanupa ao fundo.




Chegamos em Tahua e fomos almocar. Logo o cara que vendia o almoco, foi com a nossa cara e nos ofereceu a casa dele para ficarmos aquela noite. Muito gentil o Valentin!
Ele nos disse que ia sair aquela noite, que nao ia dormir em casa, pois havia uma grande festa em uma ciedade ha 10km dali.
Alianza.
Era a festa do espirito. Disse que ia voltar so no outro dia, por volta das 10h da manha.
Entao nos levou ate a casa dele, onde tinha cama, TV e banho.
Ele nos foi levar para tomar banho, encheu uma bacia com agua gelaaada e nos deu.
Disse que ia tomar banho tambem.
Lavou o cabelo com um xampu, e lavou os bracos.
Pronto! tomou banho!
entao, fizemos o mesmo... Lavamos o cabelo com aquela agua gelada e pronto.
Mais um dia sem tomar banho!
No dia seguinte, nada deles aparecerem (ele digo: o Valentin e a mae dele)
Casa do Valentin.

Ta certo que o quarto nao cheirava muito bem, mas com o tempo acostumamos e passamos uma otima noite com TV. Vi um filme chamado Crash. Em espanhol, e entendi tudinho!

No dia seguinte, iamos dormir em Alianza, que era o ultimo dia de festa e queriamos ver como era a festividade deles.
A estrada para Alianza era muito dificil de pedalar. Era uma mistura de areia com pedras soltas.
A bike nao parava de pe, mas com algum custo chegamos em Alianza.
Ao chegar, ja chegaram umas criancas gritando: Gringos! Gringos!
Ja logo falei: -Nao somos gringos! Somos hermanos brasileños!
E fomos em direcao a festa.
Chegando la, todo mundo bebado! Dancando!
Fiquei um pocuo emcabulado por estar todos bebados.
Entao logo seguimos estrada.Valentin e seu amigo bebinhos de tudo na festa do espirito.


Foi dificil convencer o Valentin que nao queriamos dancar com ele, ele puxava a paloma pra dancar de toda forma e nos esquivando.
Com muito custo, convencemos eles que tinhamos que pegar estrada pois fazia muito tempo que nao davamos noticias em casa e so havia telefone em Salinas.
Salinas esta que nos falaram que ficava a 10km dali.
Eh muito dificil os bolivianos acertarem a quilometragem.
Praticamente todas as vezes que alguem nos diz uma quilometragem erram, e erram pra mais!
Mas dessa vez foi demais.
Era pra ser 10km de Alianza para Salinas Graci Mendonza, e foram 26km.
Um total de 36km no dia em que pensavamos que iamos pedalar 20km.
Mas chegamos em Salinas, onde havia telefone e alojamiento.
Demos noticias em casa, tomamos banho.
Quebrando o record!
6 dias sem tomar banho!
Resolvemos descansar um na cidade, depois de 6 dias de pedal consecutivos.
E resolvemos nos separar tambem, a Paloma ia para Oruro de onibus e eu ia pedalando.
Assim, ela levava as coisas e eu ia mais leve, podendo fazer o trecho de 250km em 3 dias.
No dia que ia sair, nao deu pra sair. Pois ja estava meio tarde, e estava levando a barraca, que talvez me impossibilitaria de fazer 100km no primeiro dia. Decidirmos adiar mais um dia, para eu sair sem a barraca e ser mais facil.
Beleza! O onibus da Paloma saia as 8h da matina para Oruro, tudo certo, despedi dela e fui nessa.
Mas nao deu pra andar nem um metro!
Pedalava e a bike nao saia do lugar, o K7 estava rodando em falso... Nao empurrava a bike pra frente. Era como se estivesse rodando para tras.
E eu nao fazia ideia como arrumava aquilo, e nao havia loja de bicicleta na cidade.
O negocio foi comprar outra passagem para Oruro e vir com a Paloma.






Depois que ja estavamos na estrada, percebi que havia outra saida para aquele problema.
Era so pegar a roda traseira da bike da Paloma, mas ja era tarde, ja estavamos na metade do caminho e tudo...
Mas por causa deste onibus que peguei, decidi alongar um pouco o percurso pra compensar.
Daqui de Oruro vamos conhecer a cidade de Cohcabamba, que nos falaram muito bem e nao iamos passar por ela. Que fica a uns 300km daqui, so para depois ir para La Paz. Assim vamos conhecer 6 das 9 capidais da Bolivia.

Musica Tradicional da Bolivia:



http://www.youtube.com/watch?v=ZM_Y4j1xdkQ&feature=related

8 comentários:

  1. hiauwhiauehaiueahe
    post muito bom!!!
    vamo comer um pollo al spiedo??

    beijo, amore mio!

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  2. HAHAHA,Caraca fabão, caguei de rir, bota uma roupa!!!!!

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  3. Oi!! 'Não foram só os gringos que tiraram fotos bobas! Saudades!

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  4. que post excelente mano!
    haeuhaeuhae
    isso tudo tem que virar um livro!

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  5. Ha!muito bom ter noticias, acho que vc sabe que seu pai e eu estamos sem intern.poxa vida vcs passaram por tudo em...fome...frio...medo...todos os sentimentos que evitamos a vida toda,mas que bom que é passageiro né!que fotos bonitas em!!!Bjs fiquem com DEUS!

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  6. Fábio, estamos acompando todo os seus percursos e orando por vcs, fiquem com Deus!

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  7. Fábio! estamos acompando todo os seus percursos e orando por vcs, fiquem com Deus!
    Roberto, Cristina e Glaucy Lins.

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Valeu!